o lado grego do nosso território

Tudo começou quando eu pensei em dedicar um post aqui no território aos novos habitantes do nosso jardim, a saber, 3 corujinhas-bebês... Então me lembrei (e ri muito) da batalha que se seguiu à constatação da existência de nada menos que 6 habitués da espécie que, ao que parece, pretendem ser reconhecidas senhoras legítimas das terras de nosso quintal por usucapião! :D

Procurando entender um pouco mais sobre o tal bichinho, descobri sites muito mais interessantes do que esperava (abaixo uma pequena amostra deles)... Na antiga Grécia, a coruja era associada à deusa Atena, símbolo da sabedoria. E não por acaso, portanto, filósofos pré-socráticos cunhavam moedas com a imagem da ave. A coruja é também símbolo de estabilidade, assim como acontece com várias outras aves, porque os casais ficam juntos até o fim da vida e cuidam juntos dos filhotes.

A Idade das Trevas (Média) no entanto, não foi exatamente o que se pode chamar de amigável com as corujas, que durante anos foram associadas a mau agouro por serem animais de hábitos noturnos e estimadas por bruxas... Tanto na Roma de Júlio César quanto nas culturas ameríndeas, foram igualmente associadas ao prenúncio de morte e derrota.

Engraçado isso... pois que fora exatamente sua aguçada visão noturna, explicada pelos gregos como efeito de uma iluminação interna, a razão de terem sido primariamente associadas à sabedoria.

Seja como for, no território Sheila Maceira do Séc. 21° D.C., as aves de Atena são apreciadas e muito bem-vindas! :)

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Legenda das gravuras/foto. Da esquerda para a direita:
* Moeda de prata ateniense. Estilo clássico, Séc. 5° A.C.
* Moeda de prata ateniense. Estilo helenístico, Séc 2° A.C.
* Filhotinhos recém-saídos do ninho. Jardim da casa da Sheila, 2006.

Sites interessantes para aprender mais sobre as corujas:
* The Owls Pages. Curiosidades, mitologia, cultura, etc. (em inglês)
* Hiboumania. Selos de corujas (em francês)