terça-feira, fevereiro 20, 2007

poeminha de chuva sem sol

"De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente

Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
"

(vinícius de morais)

... queria tanto a chuvinha de volta...

2 comentários:

Leonardo Martinelli disse...

Mas mesmo que demore, a chuva sempre há de voltar e lavar as almas de pessoas especiais que querem ter sua alma renovada... Bjs.

sheila maceira disse...

lavar a alma... sim! numa "revirgindade perpétua da emoção"! a chuva, acredito, sempre há de voltar... :)