domingo, dezembro 10, 2006

filha de iansã

mundo, mundo, vasto mundo.
se eu me chamasse raimundo, seria uma rima, não uma solução...

guerreira de grandes batalhas, avessa ao cotidiano repetitivo. os filhos de iansã são atirados, extrovertidos e chocantemente diretos. amigos fiéis para poucos escolhidos. por um lado, alegres e expansivos. mas, igualmente dispostos a derrubar tudo com seu vento forte e arrasador!

espírito livre. território monitorado. NÃO ultrapasse a linha amarela.

2 comentários:

Anônimo disse...

Poema de sete faces

Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.

As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.

O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.

O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.

Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus,
se sabias que eu era fraco.

Mundo mundo vasto mundo
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.

Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.

Anônimo disse...

haha muito boa!