assisti hoje a senhores do crime (do original eastern promises). excelente atuação de viggo mortensen na pele de um suposto membro (nikolai) da máfia russa ligada ao tráfico internacional de sexo, a Vory v Zakone.
para mim, nomeação mais do que justa para o Oscar 2007 na categoria melhor ator - até porque acho que ele já o merecia desde a interpretação de aragorn no senhor dos anéis do peter jackson. o viggo para mim entrou para a categoria de atores versáteis e brilhantes - pertinho do johnny depp... :)
mas eu queria mesmo era falar sobre o incômodo que tem me causado o exagero do hiper-realismo. a moda pegou com mais força depois do aclamado quentin tarantino. particularmente, seus filmes não fazem muito a minha cabeça, mas respeito e até entendo a aplicação nos contextos que ele cria. que eu me lembre, miami vice, que tive neste aspecto a infelicidade de assistir em estréia nos estados unidos, foi o primeiro filme desta nova geração onde pela primeira vez o hiper-realismo nas cenas de violência me incomodou muito; depois veio a queda e então ultimamente parece ter virado lugar comum.
entendo que eastern promises, tratando de um tema ligado à máfia russa em londres acabaria sendo um candidato natural para cenas de hiper-realismo. mas o que incomoda mesmo - além do sangue jorrando da tela direto para o seu assento - é que o hiper-realismo em excesso não está nem de longe vinculado a um reforço narrativo relevante. eu teria passado sem crise por omissões como na cena da sauna, onde o nikolai usa um punhal para acertar o olho do oponente (em close), ou na cena da barbearia onde o garoto usa a navalha para cortar o pescoço do cliente...
gostaria de poder dizer que gostei do filme, mas acho que gostei mesmo foi da brilhante atuação do viggo. e me incomodei muito (mesmo) com o hiper-realismo gratuito. para mim, um excesso.
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