domingo, novembro 22, 2009
licença literária: caim, de josé saramago
repetindo o que escrevi para a resenha da cultura, apesar de não ser uma prerrogativa dele, saramago é daqueles escritores que inspiram reações extremas: há quem ame, há quem não suporte. li caim praticamente numa sentada: a leitura é fluida, especialmente para quem já se acostumou com a pontuação característica do autor. li também muitas críticas feitas ao livro - que particularmente não vi fujirem muito do que se falou quando da publicação do evangelho segundo jesus cristo. não me parece que seja um livro para ser criticado do ponto de vista teológico ou mesmo da fé - não tem nenhuma novidade no fato do saramago ser ateu de carteirinha e tecer críticas às interpretações que se fazem da bíblia. eu vi um saramago atrevido, bem resolvido, diria bem sucedido no alinhavar de algumas das principais passagens do velho testamento, e distribuindo doses de bom humor em doses homeopáticas onde cabia. vi um saramago questionador, mas novamente não pelo óbvio ângulo do ateu descrente, mas com provocações que me pareceram pertinentes apesar da ousadia. eu gostei do livro e recomendo.
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