difícil mesmo para mim foi vencer o desafio motor relacionado à postura de mãos. quem já tocou um pouquinho de violão clássico vai me entender: a postura para o violão requer um nível de rigidez e "armadura" bastante específicos, até para não afetar a estabilidade do instrumento, que fica suspenso e apoiado de maneira frágil sobre as pernas do instrumentista. por sua vez, a postura de mãos requerida pelo piano exige um nível de relaxamento "localizado" que é o oposto das mãos "armadas" do violão. falando não parece big deal, mas na prática, a batalha é dura contra anos de consciência corporal e memória muscular! mudar isso é um processo - e não um evento como a gente gostaria. ainda me pego "segurando" os braços e punhos às vezes, mas já me sinto muito melhor adaptada ao novo instrumento. e curiosamente, percebi que meu desempenho de interpretação melhorou muito à medida em que a transformação motora foi se estabilizando.
e nesse espírito de promover o estudo e acelerar tanto quanto possível o avanço da técnica, chega aqui em casa hoje um segundo yamaha clavinova - também este digital, mas mais "simples" que o primeiro, dentro da idéia de dispor de um instrumento de bom custo/benefício para viabilizar meu estudo quando estou fora da metrópole. e dessa vez, eu mesma já consegui atuar no processo de qualificação e teste de instrumentos do início ao fim. difícil mesmo foi resistir ao apelo dos grand concertos e ao charme dos acústicos. mas aqui o propósito era outro, eu chego lá. primeiro o que vem primeiro! ;-)
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